sábado, 16 de novembro de 2013

desumanizar

Em plena era da informação constata-se que uma boa parte dos universitários brasileiros, 38% desde o ultimo senso em 2012, estão se formando em analfabetismo funcional. Um absurdo ainda maior ocorre em outro nível de analfabetismo ou da falta de caráter, os universitários foram todos despolitizados e até mesmo desumanizados.

Atualmente com a chegada dos médicos cubanos essa situação ficou ainda mais evidente. Talvez esse fato seja consequência do capitalismo que transforma a vida moderna em uma eterna caça a céu aberto, onde as presas e predadores são exatamente as mesmas pessoas.

Estudar em uma Universidade hoje é uma mistura de status inflador de ego, trampolim politico, ascensão social individual, fuga para postergar responsabilidades financeiras, diversão e talvez por último e bem por último, a Universidade sirva para promover o conhecimento, e sendo ainda mais utópico poderíamos mencionar a formação de cidadãos críticos.

Talvez a vida das pessoas esteja mesmo sendo mediada pela imprensa. Porém é evidente que existe uma corrente quase mundial na busca pela qualidade de vida. Alguns parâmetros foram criados e associados diretamente com essa tal qualidade de vida almejada por todos como, por exemplo, a quantidade de arvores por metro quadrado na sua cidade, a quantidade de carros na sua vizinhança, a quantidade de salada que você come, a quantidade de horas que você dorme, a quantidade de horas que você trabalha e por ai vai. 

Quem vive no RS é muito mais feliz do que 
quem vive em São Paulo e isso é um fato.
Com base nesses parâmetros consegue-se dizer que a qualidade de vida em São Paulo é pior do que em Gramado no Rio Grande do Sul. Sendo assim, a meta dos novos profissionais é atingir esses patamares com tudo o que eles dão direito. A visão do futuro esta completamente condicionada ao momento em que nos vemos dentro desses moldes e essa atitude gera diversos problemas que pode começar na própria definição de qualidade de vida.


Entendo que a necessidade de se trabalhar pouco para viver melhor signifique que eu trabalho fazendo algo que eu não gosto, mas sou obrigado a pagar com anos da minha vida o preço necessário para atingir um ponto em que eu não serei mais 'obrigado' a trabalhar. E finalmente, poderei viver o que eu quiser viver. 

O quão ilógico parece isso? Mas isso acontece, pois quando eu me aposentar é que vai ficar bom, afinal a vida começa nos 60 não é mesmo?

Outro problema grave está relacionado com o comportamento desses profissionais no decorrer de suas vidas. Para que eu vou fazer um bom trabalho se eu vou receber no fim do mês do mesmo jeito, pensariam os funcionários públicos concursados do nosso país. Para que vou reclamar das injustiças sociais se minha aposentadoria já está garantida? Para que eu vou me importar com a vida desse morador de rua se eu posso doar R$ 100,00 quando a Globo fizer sua campanha?

Eu até ajudaria se tivesse tempo.!

Creio que a falta de interesse na profissão e sua consequente apatia a tudo acaba sendo o maior causador da falta de competência em diversas carreiras públicas principalmente. Afinal, quando você está fazendo o que gosta, você faz bem feito, já dizia a minha avó. 

Talvez essa tal qualidade de vida é o que está tornando a vida da gente tão ruim. Acredito que essa crise contemporânea seja um fator que deve ser melhor investigado por cada um de nós. Ainda acredito que vamos conseguir fazer com que a vida de qualidade se sobressaia a qualidade de vida. 



    

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